terça-feira, 6 de abril de 2021

Bolsonaro vai a Chapecó conhecer o eficiente sistema que reduziu de 6 mil positivados por Covid para apenas 350 em 45 dias

Queda brusca no número de infectados e de mortos é resultado de testagem, mobilização e tratamento precoce
O presidente Jair Bolsonaro deve acompanhar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em uma visita a Chapecó nesta quarta-feira (7). A comitiva presidencial vai conhecer o Centro de Eventos, transformado em poucos dias em Hospital de Emergência pelo prefeito João Rodrigues, e também o Ginásio Ivo Silveira, onde será montada uma estrutura para reabilitação pós-Covid.  

O prefeito vai expor ao presidente da República todo o plano ali executado. Além do Hospital de Emergência, foi realizada uma mobilização para testagem rápida da população, a transformação de todas as unidades de saúde em Unidades Covid-19 e adotado o tratamento precoce como alternativa para combater a doença.

O resultado tem sido fantástico: o Centro de Eventos não tem mais paciente infectado, Chapecó tinha 6 mil positivados Covid-19 dia 10 de fevereiro e hoje tem apenas 350. O número de mortos caiu verticalmente.

Tudo isto em apenas 45 dias.

— Rodrigues é um exemplo a ser seguido, por isso estou indo para lá. Para exatamente não só ver, mas mostrar a todo o Brasil que o vírus é grave, mas seus efeitos têm como ser combatidos. Mais ainda, naquele município, em alguns estados também, o médico tem a liberdade total para trabalhar com o paciente, total. Esse é dever do médico, uma obrigação e direito dele — declarou o presidente.


PGR reafirma que cultos e missas devem ser autorizados com adoção de medidas sanitárias

Observados os protocolos setoriais relativos a cada matriz religiosa e atendidas as medidas sanitárias definidas pelo Ministério da Saúde, há de ser assegurada a realização de cultos, missas e demais atividades religiosas de caráter coletivo, em razão do direito consagrado no art. 5º, VI a VIII, da Constituição Federal. O entendimento é do procurador-geral da República, Augusto Aras, e foi defendido no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (5) em dois pareceres apresentados no âmbito das ADPFs 701 e 811, de relatoria dos ministros Nunes Marques e Gilmar Mendes, respectivamente. As ações questionam decreto do governo de São Paulo que vetou a realização de atividades religiosas presenciais.

Nas petições, Augusto Aras ressalta que a Constituição assegura o livre exercício dos cultos religiosos e garante a proteção aos locais de culto e suas liturgias. Além disso, o decreto 10.282/2020 estabelece que as atividades religiosas são consideradas essenciais. Para Aras, a incapacidade do Estado de fiscalizar o cumprimento das medidas sanitárias nas igrejas e templos não justifica a limitação do exercício de direito à liberdade de culto ou de qualquer outra atividade considerada essencial mesmo durante a vigência de medidas de enfrentamento da epidemia de covid-19. No entendimento do procurador-geral, os protocolos sanitários são medidas adequadas e suficientes para conciliar os direitos à liberdade de culto e à saúde coletiva.

Caixa emprestou 75% mais nos primeiros 3 meses de 2021, diz Guimarães

Mais de um milhão de famílias estão sendo beneficiadas porque a Caixa não parou e cresceu em 70% o crédito de um ano atrás", declarou Guimarães
ESTADAO CONTEUDO
ECONOMIA CAIXA ECONÔMICA FEDERA

Opresidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou nesta segunda-feira, 5, que o banco teve crescimento nos empréstimos no primeiro trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado.

"A Caixa Econômica emprestou 75% mais nos primeiros três meses de 2021 do que em 2020. Isso significa um milhão a mais de empregos. Nunca a Caixa emprestou tanto, nunca", destacou em evento com o presidente da República, Jair Bolsonaro, para a entrega de residências do programa Casa Verde Amarela em São Sebastião (DF).

"Seja para a saúde, seja para a habitação, a Caixa está presente na vida da população, em especial da mais humilde. Mais de um milhão de famílias estão sendo beneficiadas porque a Caixa não parou e cresceu em 70% o crédito de um ano atrás", declarou Guimarães.

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Pastor que ocupa Ministério da Educação diz que igreja pode substituir escola na socialização da criança

Ao lado de Damares Alves, Ribeiro defendeu o chamado "homeschooling" em audiência na Câmara
O pastor e ministro da Educação, Milton Ribeiro - Foto: Reprodução

O ministro da Educação, pastor Milton Ribeiro, defendeu nesta segunda-feira (5) a adoção da educação domiciliar, o homeschooling, durante audiência realizada pela Câmara dos Deputado para debater um projeto de lei referente ao tema. A medida, defendida pelo governo Jair Bolsonaro, é criticada por entidades representativas.

Ao rebater as críticas sobre o projeto de legalizar o ensino domiciliar em razão da importância do convívio com outras crianças, Ribeiro minimizou o papel da escola na socialização. “É claro que a escola oferece essa questão, mas existem outras formas de socializar, na família, nos clubes, nas bibliotecas e até mesmo nas igrejas”, declarou.

Além de Ribeiro, a ministra Damares Alves, da Mulher, Família e Direito Humanos, também participou da atividade. A dupla afirmou que o homeschooling é “prioridade” do governo. Isso foi muito criticado pelas entidades participantes da audiência, como o Conselho Nacional de Educação (CNE), o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a Frente Parlamentar Mista da Educação, que destacaram que há temas mais relevantes para serem tidos como prioritários.

“Na minha visão, a regulamentação do ensino domiciliar compromete a convivência com diferentes grupos sociais, parte essencial do processo educativo e de humanização, pelos quais se estabelece relações de empatia, de solidariedade e de cidadania, essenciais para o desenvolvimento social, afetivo, psíquico e cognitivo de crianças e jovens”, disse Maria Helena Guimarães de Castro, presidenta do CNE.

A deputada federal Luisa Canziani (PTB-PR) foi quem convocou a audiência. Ela é relatora do tema na Câmara. Há 7 projetos de lei sobre o assunto, incluindo 3179/12, do deputado Lincoln Portela (PL-MG).

Com informações da Agência Câmara e do G1


Aras pede que Fux tire das mão de Gilmar Mendes decisões sobre cultos e missas.

Na tarde desta segunda-feira (05), o Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras, pediu que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, transfira a ação relatada por Gilmar Mendes, que manteve o fechamento de templos e igrejas em São Paulo, para o ministro Kassio Nunes Marques.

Na semana passada, Nunes Marques autorizou cultos e missas em todo o país mesmo durante a pandemia da Covid-19.

Mais cedo, Gilmar negou pedido para suspender decreto de São Paulo e de outros estados que proíbem a realização de cultos, missas e atividade religiosas presenciais.

*Gazeta Brasil

Vitamina D e covid-19: as falhas que levaram estudo a ser tirado do ar por revista científica

Na medida em que a covid-19 se espalhava pelo mundo ao longo do último ano, outro perigo também se disseminava: a desinformação sobre como tratá-la. Às vezes, a desinformação é criada até mesmo em torno de ideias que contêm algum fundo de verdade — e esse pode ser o tipo de "fake news" mais difícil de combater.

É o caso da vitamina D, alvo de intensos debates sobre um potencial uso como tratamento para a covid-19.

Como se verá mais para frente nesta reportagem, o estudo original que havia mostrado um suposto sucesso da vitamina D tornou-se alvo de críticas porque não seguiu métodos robustos o suficiente para apontar para aquelas conclusões.

Em outras palavras, este estudo, feito na Espanha, não respeitava critérios científicos importantes para que seus resultados pudessem ser indicados com segurança para a população. Ele foi retirado de circulação pela publicação e agora é alvo de uma investigação.

Enquanto isso, no momento, outro estudo mais rigoroso está sendo conduzido na Inglaterra

Foi a partir dessa controvérsia que informações falsas começaram a se difundir sobre a suposta eficácia da vitamina D contra a covid-19.

Por que vitamina D?
Muitos tratamentos bastante conhecidos pelos brasileiros foram sugeridos para a covid-19.

Hidroxicloroquina, ivermectina e vitamina D — todos esses medicamentos são ou foram, em algum momento, estudados.

É importante lembrar que sugerir que um tratamento possa ser eficaz e depois descobrir que isso não é verdade faz parte do processo científico normal.

O problema é que, hoje em dia, pesquisas online, em fases iniciais ou de baixa qualidade têm sido compartilhadas fora do contexto. E a confusão que isso cria pode ser explorada por pessoas que promovem teorias da conspiração.

Há alguma lógica por trás do motivo pelo qual a vitamina D pode ser útil no tratamento ou prevenção de covid-19.

Ela desempenha um papel na imunidade e já é recomendada, por exemplo, no Reino Unido - onde todos devem tomar o suplemento no inverno (sendo que aqueles com maior risco de deficiência de vitamina D são aconselhados a tomá-la durante todo o ano).

Até agora, porém, nenhuma pesquisa mostrou um efeito suficientemente convincente para apoiar o uso de doses mais altas da vitamina D para prevenir ou tratar doenças, o que pode vir a mudar no futuro.

Assim, é compreensível que o uso de vitamina D para prevenir a covid-19 tenha se espalhado pela internet como conselho de saúde. No entanto, alguns foram muito mais longe, sugerindo em fóruns online como o Reddit que os governos "mal mencionam" a eficácia da vitamina D e, em vez disso se concentram em "vacinas e rastreamento do estado policial".

Ou alegando que a vitamina estaria sendo ignorada porque a Organização Mundial da Saúde (OMS) é "paga pela grande indústria farmacêutica".

Os argumentos podem ser facilmente derrubados — a começar pelo fato de as próprias vitaminas serem uma indústria que movimenta bilhões de dólares.

O que dizem os estudos?
Muitos estudos mostraram uma associação entre a vitamina D e a covid-19, mas a evidência é meramente empírica — o que significa que outros fatores não estão sendo controlados e monitorados para se determinar com precisão uma relação de causa e efeito.

Ou seja, as conclusões desses estudos não são robustas o suficiente: para isso acontecer seria necessário, por exemplo, um ensaio clínico conhecido como randomizado, no qual pessoas recebem um tratamento ou uma versão simulada, ou placebo, para que os cientistas possam ter certeza de que o resultado é causado pelo tratamento.

Estudos observacionais mostram que certos grupos são mais propensos a ter deficiências de vitamina D e a pegar covid-19 — em geral, pessoas mais velhas, pessoas com obesidade e pessoas com pele mais escura (incluindo pessoas negras e do sul da Ásia).

Pode ser que uma deficiência seja o motivo pelo qual esses grupos correm maior risco, ou pode haver outros fatores de saúde e ambientais que levam à queda nos níveis de vitamina D e maior suscetibilidade ao vírus.

Os níveis da vitamina também podem cair como consequência da doença, em vez de serem a sua causa.

Só seremos capazes de isolar a vitamina D como causa realizando testes controlados randomizados conduzidos adequadamente, como o que está sendo executado no momento na Queen Mary's University, no Reino Unido.

Estudos na Espanha
Um artigo da Universidade de Barcelona chamou atenção, alegando ter conduzido exatamente esse tipo de estudo.

Ele sugere que a vitamina D tem um sucesso impressionante, com uma redução de 80% nas admissões em terapia intensiva e uma redução de 60% nas mortes de covid.

Esse resultado foi amplamente compartilhado pela internet.

Mas, desde então, o estudo foi retirado do ar por "preocupações sobre a descrição da pesquisa". O periódico científico The Lancet, que o publicou originalmente, está agora conduzindo uma investigação sobre o artigo.

O problema é que essa retratação não foi compartilhada da mesma forma que o artigo original.

No estudo, a vitamina D foi administrada a todos os paciente em enfermarias, em vez de aleatoriamente para indivíduos, como deveria ter sido feito em uma pesqusa rigorosa.

E os pacientes de covid-19 estudaos que morreram já tinham níveis radicalmente diferentes da vitamina antes do tratamento, sugerindo que eles estavam mais gravemente doentes antes mesmo de tomar a vitamina.

Ainda assim, a ideia de que a vitamina D pode ser um tratamento eficaz contra a covid-19 ganhou inúmeros adeptos.

O parlamentar conservador David Davis, que convocou o Parlamento para que a suplementação de vitamina D seja introduzida nos hospitais, disse à BBC que, apesar da retração, ele acreditava que o estudo ainda mostrava que a vitamina D era importante e argumentou que o governo deveria financiar mais pesquisas sobre o assunto.

Aurora Baluja, uma anestesiologista e médica de cuidados intensivos na Espanha, que revisou o estudo de Barcelona para o The Lancet, disse que o tipo de efeito "extremo" encontrado no artigo "nunca foi encontrado" em um ensaio clínico randomizado.

Ela disse que, embora a deficiência de vitamina D fosse um "fator de risco bem estabelecido" entre as pessoas que morrem na terapia intensiva, "a suplementação de vitamina D sozinha sempre falhou em reduzir o risco desses pacientes".

Baluja explica que a deficiência é frequentemente causada por algo muito mais profundo, como desnutrição ou insuficiência renal.

Assim, não seria a deficiência de vitamina D que estaria causando a morte dos pacientes.

Qual é o problema?
Quando algumas descobertas se encaixam na visão de mundo das pessoas — por exemplo, que "as coisas da natureza não podem fazer mal", explicou o professor Sander Van der Linden, psicólogo social da Universidade de Cambridge —, a probabilidade de serem compartilhadas tende a ser maior.

Na internet, há diversos grupos debatendo sobre a covid-19. Alguns advogam medicamentos naturais e medicina alternativa; outros são ideologicamente contra a vacinação. Algumas vezes esses grupos distintos acabam se unindo em torno de uma ideia que se encaixa em ambas crenças.

As pessoas antivacinas estão "profundamente conectadas a outros tópicos — religião, ervas e medicina alternativa, a comunidade natural", disse o professor Van der Linden. Com isso, mensagens do tipo "você não precisa de uma vacina, você pode apenas tomar vitamina D" acabam se espalhando por esses grupos, sem que sejam claramente identificadas como partes de uma campanha contra vacinas.

A vitamina D é relativamente segura (embora altas doses possam causar cálculos renais), portanto, esse tipo de conselho pode não parecer o mais nocivo entre as informações incorretas que circulam pela internet.

O perigo, explica o professor Van der Linden, é quando as pessoas sugerem que o suplemento é uma cura milagrosa e deve ser usado como alternativa a vacinas, máscaras e distanciamento social.

Rachel Schraer
Repórter de Saúde

Depois de reduzir previsão a quase metade, Queiroga fala em mais de 30 milhões de doses de vacina

Além disso, destacou que para aumentar a produção do imunizante está sendo estudada a utilização de parques de produção de vacina animal no país

FOLHAPRESS
BRASIL MARCELO-QUEIROGA

BRASIL MARCELO-QUEIROGA

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, após ter reduzido a previsão a quase metade, disse que estão garantidas mais de 30 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 no mês de abril. Além disso, destacou que para aumentar a produção do imunizante está sendo estudada a utilização de parques de produção de vacina animal no país.

Essas mais de 30 milhões de doses seriam da Fiocruz e do Instituto Butantan. No entanto, ele informou que está tentando junto a outros laboratórios conseguir adiantar o prazo de entrega de outras vacinas no país.

No dia 31 de março, entretanto, o ministro havia dito na Câmara dos Deputados que a previsão para o mês de abril é distribuir 25,5 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19.

O quantitativo é quase a metade do previsto anteriormente, mas a pasta não havia dado detalhe do que mudaria.

No cronograma da pasta, atualizado em 19 de março, a previsão era de entregar 47,3 milhões de doses.

A declaração foi dada após reunião com a diretora da OPAS no Brasil, Socorro Gross, neste fim de semana. Na ocasião, foi anunciada uma parceria com a OMS/OPAS para aumentar a produção de vacina no país para atender a população e até para exportar futuramente.

Uma das frentes é verificar a possibilidade de produzir o imunizante em parques industriais de produzem vacinas em animais.

"Eu falei do parque de animais, isso é interessante, mas carece de uma avaliação técnica. Isso não vai resolver o problema a curto prazo. Isso vai ajudar a médio prazo para o Brasil e também para outros países".

Queiroga disse também que as Forças Armadas irão auxiliar na vacinação no país através da logística ou auxiliando o corpo técnico. No entanto, não deu mais detalhes de como funcionaria.

O ministro falou novamente sobre a meta de vacinar 1 milhão de pessoas por dia em abril. Ele disse que foi criada a secretaria de enfrentamento à Covid-19 para agilizar as medidas.

Ele continuo reforçando a importância das medidas sanitárias para o enfrentamento da Covid-19. Falou sobre a importância do uso de máscara e do distanciamento social. E também da ordem de não fazer lockdown.

"Precisamos nos organizar para fazer com que evitemos medidas extremas e consigamos garantir que as pessoas continuem trabalhando, ganhando seu salário e renda, fazendo que a economia funcione, deixando essas medidas extremas para outro caso. Evitar lockdown é a ordem, mas temos que fazer nosso dever de casa".

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