O gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo afirmou hoje que o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a ter o registro definitivo da vacina desenvolvida e fabricada pelo laboratório americano.
O executivo depõe em sessão da Comissão Especial de Inquérito (CPI) da COVID, no Senado Federal, e tem sido pressionado, desde a manhã de hoje, por parlamentares de oposição e principalmente pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL)
Conforme destacou reportagem a do Jornal da Record, Murillo afirmou que a negociação começou em maio do ano passado, com técnicos do ministério da saude e da economia, a secretaria de comunicação e os presidentes da câmara e do senado.
Segundo a repórter do telejornal, Murillo afirmou que os países com mais casos foram os primeiros procurados, entre eles o Brasil, e que em julho foi enviado um documento com as condições da negociação, que seriam idênticas para todos. Em setembro, a primeira oferta de vacinas foi de 70 milhões de doses, com previsão de entrega no início do ano, e que o contrato de compra foi assinado em dezenove de março.
A âncora do telejornal disse então “em tom irônico” que o Brasil assinou somente em março deste ano e só recebeu dois milhões de doses da vacina da Pfizer até agora, mas tanto ela quanto a repórter omitiram que mais de 83 milhões de vacinas de outros laboratórios já foram distribuídos, que o Brasil é o quarto pais do mundo que mais vacinou e que havia uma serie de burocracias, incluindo aprovações técnicas da Anvisa e a aprovação de um projeto de lei pelo congresso, que só seria confirmado justamente em março deste ano, permitindo a compra, independente da vontade do poder executivo.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, acompanhando a repercussão da fala do executivo da Pfizer, fez questão de publicar um trecho no qual Renan Calheiros, relator da CPI, perguntou se houve alguma dificuldade no processo com a Anvisa, com relação ao tempo de avaliação das questões técnicas da vacina.
“A Anvisa emitiu o registro permanente da vacina da Pfizer no dia 22 de fevereiro de 2021, foi um dos primeiros países do mundo a ter o registro permanente e não tivemos qualquer dificuldade no processo com a Anvisa”, respondeu Murillo, jogando por terra toda e qualquer narrativa e confirmando que a compra não dependeria exclusivamente da vontade do poder executivo.
Bolsonaro escreveu:
“Gerente Geral da Pfizer na América Latina bota ponto final na CPI do Renan: "o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a ter o registro da vacina Pfizer." - Parabéns Anvisa e Min Eduardo Pazuello”.
No dia 2 de maio, o site do JCO publicou uma matéria em que o presidente do senado, Rodrigo Pacheco, confirma a liberação da compra da vacina da Pfizer, após lei aprovada em 11 de março de 2021.
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