LULA NÃO DEFENDE A DEMOCRACIA NA VENEZUELA.
(Imagem: Brenno Carvalho)
Falta compromisso com a democracia. Esse foi o recado que 30 ex-presidentes da Espanha e de países da América Latina deram a Lula numa carta nomeada de “Iniciativa Democrática”.
No centro da questão está a eleição na Venezuela. Embora o Conselho Eleitoral do país tenha dado vitória ao ditador Nicolás Maduro, as evidências de fraudes são cada vez mais claras.
“O que está acontecendo é um escândalo. Todos os governos americanos e europeus sabem disso. (…) Não exigimos nada diferente do que o próprio presidente Lula da Silva preserva em seu país.”
A relevância: Ao receber um recado duro dos principais líderes da região, o governo brasileiro fica cada vez mais pressionado a adotar uma postura de “adulto na sala” à altura da importância que o Brasil tem na diplomacia.
Um posicionamento firme da diplomacia brasileira neste momento de tensão conseguiria impactar a credibilidade que Maduro ainda tem com alguns agentes internacionais.
Na prática, enquanto Chile, Uruguai, Argentina, Peru, Colômbia, Equador, EUA e Europa não reconheceram a legitimidade do resultado, o Brasil está “travando” a formação de uma aliança contra a fraude eleitoral.
Pelo visto, está longe de acontecer: O governo brasileiro minimizou a carta das autoridades internacionais, e o posicionamento de Lula segue sendo o de que “nada de grave, nada de assustador” aconteceu na Venezuela.
O petista está no Chile, onde vai se encontrar com o presidente chileno — que é de esquerda e condena a vitória de Maduro. O assunto com certeza será pauta, ainda mais depois de Lula ser vaiado numa cerimônia no país e de Edmundo González se autoproclamar presidente eleito da Venezuela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário